Chama-rita - esta é uma das danças mais conhecidas, própria da Madeira e dos Açores, mas também é dançada nas festas de Nossa Senhora da Penha, no Rio de Janeiro, com o nome de "reinal de chamarrita". Enquanto nos Açores e no Brasil se dança aos pares, na Madeira a "chama-rita" é dançada individualmente, estando os elementos da dança dispostos em filas e andando uns atrás dos outros em passo lento.
Charamba - serviu de base a muitas das chamadas cantigas madeirenses do trigo, da erva e da carga. Existem três espécies de charamba:
- clássico: é a mais antiga e não tem muito ritmo;
- "dos velhos": tem um andamento lento e é preferido pelas pessoas mais idosas;
- "charamba pelo meio" – tem um andamento mais vivo e é o preferido dos mais jovens.
Como exemplificação, deixamos aqui alguns versos de charamba:
"O charamba foi às lapas
E a mulher aos caranguejos;
As filhas ficam em casa
Dando abraços e beijos"
Mourisca: quer por via directa de Marrocos (através dos escravos levados para a ilha), quer por via indirecta do continente, a Madeira teve a sua Mourisca. Nas noites de Machico e Funchal, era permitida uma certa "liberdade" aos escravos e assim, os seus cantares passaram para as donas e senhores, generalizando-se assim a Mourisca.
Bailinho das Camacheiras: este bailinho é obrigatório nas festas e romarias de Verão. Neste tipo de baile, há ritmos alegres e rodopio, o que já o levou a ser considerado como proveniente da colonização algarvia na Madeira. O grupo folclórico da Camacha é um ex-líbris turístico e representa a Madeira em vários países.
Exemplo de alguns versos:
"As meninas da Camacha,
Quando não têm que comer,
Vão à serra apanhar lenha,
P’rá cidade vir vender
As meninas da Camacha,
Não comem senão feijão,
Para ajuntarem dinheiro
Para saias de balão."
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