segunda-feira, 17 de maio de 2010

Grupo de Folclore da Casa do Povo do Curral das Freiras


O Grupo de Folclore da freguesia iniciou-se com uma pequena formação, orientada pelo Sr. Luís Paixão, que contou com a aderência de toda a população, criando propositadamente a marcha do Curral das Freiras.


A sua primeira actuação foi na Festa da Castanha no Curral das Freiras.

O grupo tenta representar o passado do Curral das Freiras desde finais do séc. XVIII até inícios do séc.XX, época em que a sua população dependia, essencialmente, do que produzia na terra e do que ia vender ao mercado do Funchal.

Os trajes e objectos etnográficos usados são o resultado de uma recolha realizada junto dos mais antigos da freguesia e da análise de bibliografia.

Sendo um dos seus objectivos a valorização e ocupação dos tempos livres da população do Curral das Freiras, este grupo tenta demonstrar às gerações mais novas as suas origens e o orgulho que têm em manter vivas as suas tradições e não deixar que as mesmas se apaguem da memória do nosso povo.



Curral das Freiras

O Curral das Freiras fica situado no interior da ilha da Madeira, rodeado de altíssimas montanhas, é uma terra que possui uma extraordinária beleza natural.

No início da Colonização, a designação deste local era apenas de “Curral” por ser terra de grande criação de gado. A 11 de Setembro de 1480, o Curral foi vendido ao segundo Capitão - Donatário do Funchal, João Gonçalves da Câmara. Destinava o 2.º Capitão-Donatário do Funchal esta aquisição de terrenos, como dote de suas filhas D.Elvira e D. Joana, que entraram em 1497 como noviças no convento de Santa Clara. A partir dessa data, o Curral passou a chamar-se, Curral das Freiras.



Principais canções e danças tradicionais

Baile do Curral das Freiras

Baile das Romarias

Baile dos Noivos

Baile da Monda do Pomar

Baile de Nossa Senhora do Livramento

Domingo de Páscoa

Canção: Dias da Semana

Canção: Linda menina

Canção da Erva



Trajes

O grupo de Folclore da Casa do Povo do Curral das Freiras apresenta diversos trajes, mas os mais representativos são os seguintes:

- O traje domingueiro que era usado no séc. XIX pela mulher para ir à missa e em dias de festa, é constituído por saia de fundo vermelho de cor uniforme, blusa de linho branco e combinação interior e bota-chã. Apresentam lenço branco ou enramado na cabeça, com pontas amarradas debaixo do queixo.

- O homem nesta época, usava o tradicional fato branco de linho da terra, quando ia ao mercado ou quando transportava os doentes usando a rede. À cabeça usa um barrete redondinho preto de lã fiada.

- Nos sítios mais próximos à serra o homem usava o fato de seriguilha que é constituído por calças e colete castanhos de lã de ovelha, camisa branca de linho, lenço vermelho sobre os ombros e na cabeça barrete de orelhas.

- Um dos trajes de cote usados pela mulher apresentados é constituído por saia de lã branca, camisa de chita e xaile preto e lenço florido para o trabalho na fazenda e nas actividades realizadas em casa. Algumas mulheres não usavam lenço.

- No início do séc.XX amulher usava saia e camisa de chita ou linho, com Xaile de seda e banda de crepe. Algumas usavam vestido inteiro de chita.

- O Homem usava camisa de linho de gate, calças e colete de cutim, chapéu e bota preta de cabedal. Alguns usavam fato de cutim escuro com sapato preto de cabedal.

- Em finais do século XIX e início do séc.XX, os homens usavam calças de cotim, camisa de linho, butifarras de cano alto e barrete de orelhas, para realizarem os trabalhos da fazenda.

- As mulheres usavam camisa e saia de chita para os trabalhos domésticos. Na maior parte das vezes executava as tarefas descalça.



Representações Nacionais:

- Em 1990 representaram a Madeira no FESTINATEL – Oeiras;

- Em 1992 participaram num Festival de Folclore da ilha Terceira – Açores;

- Em 1993 representaram a Madeira em diversas festas em Alcobaça;

- Em 1994 realizaram o primeiro intercâmbio Cultural com o Rancho Folclórico de Fortios- Portalegre;

- Em 1997 realizaram um intercâmbio cultural com o Rancho Folclórico das Lavradeiras de Carreço – Viana do Castelo;

- Em 1998 realizaram um intercâmbio cultural com o Rancho Folclórico de São Paio de Gramaços – Oliveira do Hospital;

- Em 2002 acompanhou a Associação das carnes da RAM numa viagem a Sousel – Alentejo;

- Em 2003 realizaram um intercâmbio cultural com o Grupo de Danças e Cantares de Perre – Viana do Castelo;

- Em 2006 realizaram um intercâmbio cultural com o rancho de Flores da Beira – Oeiras e com o Rancho Folclórico de Polvoreira – Guimarães.



Representações internacionais:

- Em 2001, a convite da comunidade madeirense em Caracas deslocou-se à Venezuela;

- Em 2005, a convite da comunidade madeirense do Morro de São Bento- Santos, deslocou-se ao Brasil;

- Em 2008, a convite da Associação dos Filhos de Câmara de Lobos de Maracay, deslocou-se à Venezuela.



Outras actividades

Encontros de Folclore (Setembro de 2006 e Novembro de 2008)

Passeios

Visitas do Espírito Santo

Jogos Tradicionais

Romagens nas festas de Nossa Senhora do Livramento e no Natal

Cantar dos Reis

Participação no cortejo carnavalesco



Publicações/Edições

CD-áudio "Reviver" (Julho de 2005)

Colecção de postais (Setembro de 2004)