O Grupo de Folclore da freguesia iniciou-se com uma pequena formação, orientada pelo Sr. Luís Paixão, que contou com a aderência de toda a população, criando propositadamente a marcha do Curral das Freiras.
A sua primeira actuação foi na Festa da Castanha no Curral das Freiras.
O grupo tenta representar o passado do Curral das Freiras desde finais do séc. XVIII até inícios do séc.XX, época em que a sua população dependia, essencialmente, do que produzia na terra e do que ia vender ao mercado do Funchal.
Os trajes e objectos etnográficos usados são o resultado de uma recolha realizada junto dos mais antigos da freguesia e da análise de bibliografia.
Sendo um dos seus objectivos a valorização e ocupação dos tempos livres da população do Curral das Freiras, este grupo tenta demonstrar às gerações mais novas as suas origens e o orgulho que têm em manter vivas as suas tradições e não deixar que as mesmas se apaguem da memória do nosso povo.
Curral das Freiras
O Curral das Freiras fica situado no interior da ilha da Madeira, rodeado de altíssimas montanhas, é uma terra que possui uma extraordinária beleza natural.
No início da Colonização, a designação deste local era apenas de “Curral” por ser terra de grande criação de gado. A 11 de Setembro de 1480, o Curral foi vendido ao segundo Capitão - Donatário do Funchal, João Gonçalves da Câmara. Destinava o 2.º Capitão-Donatário do Funchal esta aquisição de terrenos, como dote de suas filhas D.Elvira e D. Joana, que entraram em 1497 como noviças no convento de Santa Clara. A partir dessa data, o Curral passou a chamar-se, Curral das Freiras.
Principais canções e danças tradicionais
Baile do Curral das Freiras
Baile das Romarias
Baile dos Noivos
Baile da Monda do Pomar
Baile de Nossa Senhora do Livramento
Domingo de Páscoa
Canção: Dias da Semana
Canção: Linda menina
Canção da Erva
Trajes
O grupo de Folclore da Casa do Povo do Curral das Freiras apresenta diversos trajes, mas os mais representativos são os seguintes:
- O traje domingueiro que era usado no séc. XIX pela mulher para ir à missa e em dias de festa, é constituído por saia de fundo vermelho de cor uniforme, blusa de linho branco e combinação interior e bota-chã. Apresentam lenço branco ou enramado na cabeça, com pontas amarradas debaixo do queixo.
- O homem nesta época, usava o tradicional fato branco de linho da terra, quando ia ao mercado ou quando transportava os doentes usando a rede. À cabeça usa um barrete redondinho preto de lã fiada.
- Nos sítios mais próximos à serra o homem usava o fato de seriguilha que é constituído por calças e colete castanhos de lã de ovelha, camisa branca de linho, lenço vermelho sobre os ombros e na cabeça barrete de orelhas.
- Um dos trajes de cote usados pela mulher apresentados é constituído por saia de lã branca, camisa de chita e xaile preto e lenço florido para o trabalho na fazenda e nas actividades realizadas em casa. Algumas mulheres não usavam lenço.
- No início do séc.XX amulher usava saia e camisa de chita ou linho, com Xaile de seda e banda de crepe. Algumas usavam vestido inteiro de chita.
- O Homem usava camisa de linho de gate, calças e colete de cutim, chapéu e bota preta de cabedal. Alguns usavam fato de cutim escuro com sapato preto de cabedal.
- Em finais do século XIX e início do séc.XX, os homens usavam calças de cotim, camisa de linho, butifarras de cano alto e barrete de orelhas, para realizarem os trabalhos da fazenda.
- As mulheres usavam camisa e saia de chita para os trabalhos domésticos. Na maior parte das vezes executava as tarefas descalça.
Representações Nacionais:
- Em 1990 representaram a Madeira no FESTINATEL – Oeiras;
- Em 1992 participaram num Festival de Folclore da ilha Terceira – Açores;
- Em 1993 representaram a Madeira em diversas festas em Alcobaça;
- Em 1994 realizaram o primeiro intercâmbio Cultural com o Rancho Folclórico de Fortios- Portalegre;
- Em 1997 realizaram um intercâmbio cultural com o Rancho Folclórico das Lavradeiras de Carreço – Viana do Castelo;
- Em 1998 realizaram um intercâmbio cultural com o Rancho Folclórico de São Paio de Gramaços – Oliveira do Hospital;
- Em 2002 acompanhou a Associação das carnes da RAM numa viagem a Sousel – Alentejo;
- Em 2003 realizaram um intercâmbio cultural com o Grupo de Danças e Cantares de Perre – Viana do Castelo;
- Em 2006 realizaram um intercâmbio cultural com o rancho de Flores da Beira – Oeiras e com o Rancho Folclórico de Polvoreira – Guimarães.
Representações internacionais:
- Em 2001, a convite da comunidade madeirense em Caracas deslocou-se à Venezuela;
- Em 2005, a convite da comunidade madeirense do Morro de São Bento- Santos, deslocou-se ao Brasil;
- Em 2008, a convite da Associação dos Filhos de Câmara de Lobos de Maracay, deslocou-se à Venezuela.
Outras actividades
Encontros de Folclore (Setembro de 2006 e Novembro de 2008)
Passeios
Visitas do Espírito Santo
Jogos Tradicionais
Romagens nas festas de Nossa Senhora do Livramento e no Natal
Cantar dos Reis
Participação no cortejo carnavalesco
Publicações/Edições
CD-áudio "Reviver" (Julho de 2005)
Colecção de postais (Setembro de 2004)